Pensamento

" Não são os grandes planos que dão certos, são os pequenos detalhes" Stephen Kanitz

terça-feira, 28 de junho de 2011

Endividamento do brasileiro é recorde

 

Mais uma vez estamos aqui, em uma avaliação comparativa próximo do que aconteceu em 2009 com o mercado imobiliário americano. A visão das instituições em obter lucros cada vez maior, esqueceram de colocar o pé no freio, e sugam do brasileiro tudo que é possível. Um amigo em conversa comentava comigo, que alguns anos atrás, em uma palestra proferida pelo ex Ministro da Fazenda Sr.Mário Henrique Simonsen no Rio Grande do Sul, perguntaram para ele uma sugestão de uma empresa lucrativa no Brasil, ele respondeu: Um Banco bem administrado e prosseguindo perguntaram uma segunda empresa lucrativa no Brasil, e ele respondeu: Um banco mal administrado, ou seja de qualquer forma eles lucram. Em um país  em desenvolvimento, onde no topo de empresas lucrativas, deveriam estar as que geram riquezas para o País e possibilidade de crescimento econômico da população, estão as instituições financeiras. Algumas instituições bancárias e financeiras esqueceram tanto do que a Lei permite, mesmo nesse Brasil do carnaval o ano todo, que tem extrapolado nas cobranças de juros, e esses estratosféricos por assim dizer, não existe quem consiga arcar com essas despesas e o quadro que veremos abaixo nos mostra isto ao vislumbrarmos essa reportagem, apenas vemos a ponta do iceberg, grandes redes de supermercados e eletrodomésticos cobram taxas anuais que chegam próximo aos 700%, as cobranças de juros sobre juros vem acontecendo desenfreadamente, e não encontramos respaldo naqueles que obrigatoriamente deveriam estar regulando o que parece não ter mais regulagem, a capitalização que cartões de crédito e as instituições tem feito, virou algo que vai muito além da ganância em ganhar cada vez mais, e que só através de ações judiciais é possível lembrar a eles que ainda existem Leis que dizem até onde eles podem ir. É preciso colocar um  freio nisto, ou a "Insolvência Civil" nesse país vai quebrar estas instituições gananciosas e em contrapartida o Brasil vai atrás. O fio está por um triz, está na hora do Brasil acordar.( Marco A.L.Ferreira)


Divida total do consumidor atingiu R$ 653 bilhões em abril e equivale a 40% da massa anual de rendimentos do trabalho e da Previdência

26 de junho de 2011 | 21h 05
SÃO PAULO - O endividamento do brasileiro atingiu nível recorde. A dívida total das famílias no cartão de crédito, cheque especial, financiamento bancário, crédito consignado, crédito para compra de veículos e imóveis, incluindo recursos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), corresponde a 40% da massa anual de rendimentos do trabalho e dos benefícios pagos pela Previdência Social no País, aponta um estudo da LCA Consultores ao qual o ‘Estado’ teve acesso.
Se, do dia para noite, os bancos e as financeiras decidissem cobrar a dívida total das pessoas físicas, isto é, juros e o empréstimo principal, que chegou a R$ 653 bilhões em abril, cada brasileiro teria de entregar o equivalente a 4,8 meses de rendimento para zerar as pendências. Os cálculos levam em conta a estimativa da massa de rendimentos nacional, não apenas nas seis regiões metropolitanas.
Em dezembro de 2009, a dívida das famílias estava em R$ 485 bilhões, subiu para R$ 524 bilhões em abril do ano passado e, em abril deste ano atingiu R$ 653 bilhões. Apesar dos ganhos de renda registrados nesse período, as dívidas abocanharam uma parcela cada vez maior dos rendimentos da população. Quase um ano e meio atrás, a dívida equivalia a 35% da renda anual ou 4,2 meses de rendimento. Em abril deste ano, subiu para 40% da renda ou 4,8 meses de rendimento.
"Houve uma forte aceleração do endividamento", afirma o economista Wermeson França, responsável pelo estudo. Ele observa que uma conjugação favorável de fatores levou à disparada do endividamento do consumidor. O pano de fundo foi o crescimento econômico registrado no ano passado, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,5%. Além disso, bancos e financeiras abriram as torneiras do crédito, com juros menores e prazos a perder de vista.
Dados de outro estudo intitulado "Radiografia do Endividamento das Famílias nas Capitais Brasileiras", da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), confirmam o avanço do endividamento do consumidor. De janeiro a maio deste ano, 64%, em média, das famílias que vivem nas 27 capitais do País tinham dívidas, ante 61% em igual período de 2010. O valor médio da dívida aumentou quase 18%, de R$ 1.298 mensais, entre janeiro e maio do ano passado, para R$ 1.527 mensais em igual período deste ano.
Depois da explosão do consumo no ano passado, Altamiro Carvalho, assessor econômico da Fecomércio-SP, diz que as medidas de aperto no crédito editadas pelo do Banco Central no fim de 2010, a elevação dos juros e a redução dos prazos dos financiamentos tiveram grande influência sobre o aumento da dívidas das famílias neste início de ano. "As vendas do comércio a partir de março apontam para uma forte desaceleração do consumo", afirma o economista, justificando que a dívida vem crescendo nos últimos meses por causa dos juros.
http://economia.estadao.com.br/noticias/not_73174.htm

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