Pensamento

" Não são os grandes planos que dão certos, são os pequenos detalhes" Stephen Kanitz

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Energia renovável será a segunda fonte de energia em 2016

Por

energia solar
Painéis de energia solar em Hami, nordeste da China, 8 de maio de 2013
Nova York - As energias renováveis vão superar o gás natural, tornando-se a segunda fonte de energia elétrica do mundo em 2016, atrás do carvão, estimou a Agência Internacional de Energia (AIE) em um relatório no qual o Brasil aparece como um dos países onde a concorrência impulsionou a energia verde.
"A produção de eletricidade (de origem) hidráulica, do vento, solar e outras fontes renováveis superará a de gás e será o dobro da nuclear no mundo em 2016", destacou a AIE no relatório, divulgado esta quarta-feira, sobre as perspectivas das renováveis a médio prazo.

Bike de papelão feita com R$ 20 pode ter produção em massa

Depois de ganhar fama ao ser apresentada ao mundo no ano passado, magrela ecológica busca apoio no site de financiamento coletivo Indiegogo para virar realidade – em larga escala

Por Vanessa Barbosa
Fonte: Exame.com

Bike de papelão criada pelo israelense Izhar Gafni
Mais do que uma boa dose de criatividade, o israelense precisou de uma enorme determinação

Há poucos meses, o israelense Izhar Gafni ficou famoso ao apresentar para o mundo a sua bicicleta de papelão reciclado, uma engenhoca eficiente e resistente que custou apenas US$ 9 (algo em torno de R$20,00), além, claro, da grande dedicação de seu artífice. Agora com uma empresa montada, a Cardboard Technology, Gafni busca tornar sua bike ecológica realidade em larga escala, com produção em massa.
Para arrecadar recursos, ele procura apoio no site de financiamento coletivo Indiegogo. Gafni diz ter dispensando várias ofertas de investimento e optado pelo chamado crowdsourcing para não comprometer seus valores sociais nas margens de lucro.
Ele acredita que, se produzida em massa, sua bike pode melhorar a vida de comunidades pobres ao estimular a reciclagem de papelão e outros itens usados na bike, como plástico e borracha, e com isso gerar renda.
Gafni trabalhou duro e dobrou muito papelão para chegar ao protótipo ideal, que combina o design tradicional de uma bike e a resistência – ela tem capacidade de suportar o peso de uma pessoa de até 140 quilos.
Os valores de doação começam a partir de US$1. Uma das principais vantagens da campanha é que quem doa pelo menos US$ 290 irá receber uma bicicleta autografada quando as primeiras entregas ocorrerem, em março de 2015. O objetivo é arrecadar US$ 2 milhões até dia 8 de agosto.


Postado por Daniela Kussama

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Novo Código Penal será debatido em Cuiabá nesta sexta-feira


Em 19 de junho de 2013 as 18h01
Toda a população está convidada para o debate, que acontece às 19h, no auditório do Ministério Público Estadual, em Cuiabá (ao lado do Fórum da capital).
Fonte: Assessoria Expresso MT

O Senado Federal está realizando em todo o país audiências públicas para debater a reforma do Código Penal Brasileiro. Nesta sexta-feira (21.06) é a vez da sociedade mato-grossense participar. Toda a população está convidada para o debate, que acontece às 19h, no auditório do Ministério Público Estadual, em Cuiabá (ao lado do Fórum da capital).

A audiência é realizada em parceria com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), Ministério Público Estadual (MPE-MT), Defensoria Pública de Mato Grosso, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),  Faculdade de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e senador Pedro Taques (PDT-MT), relator do projeto no Senado.

Cada uma dessas instituições terá um palestrante para falar sobre aspectos do projeto e manifestar posições sobre os diversos crimes e penas. Logo depois, participantes ouvintes também poderão se manifestar e fazer questionamentos. Estudantes de direito receberão certificado pela participação no ato público.

Com mais de 70 anos de existência, o Código Penal Brasileiro será reformulado pelo Congresso Nacional para se enquadrar a realidade atual. Além de revisar as leis existentes, o projeto aborda novos crimes, como os praticados na internet e terrorismo, que não são tipificados na atual legislação.

O senador mato-grossense Pedro Taques é o relator da matéria. Ele tem a missão de apresentar o novo texto, com as alterações consideradas necessárias, e colocá-lo em votação no Senado. Conforme o senador, o debate é necessário porque envolve temas sensíveis à nossa sociedade, como aborto, descriminalização do uso de drogas, pena mais severa para crimes de corrupção, entre outros assuntos.

Pedro Taques já anunciou que deverá apresentar seu relatório à Comissão Temporária que examina a reforma legislativa até o dia 17 de julho. A intenção é que os senadores apresentem emendas a partir de primeiro de agosto para, então, ser iniciado o período de votação no Plenário.

sábado, 15 de junho de 2013

02/06/2013 - 10h38

Senado começa a discutir ainda este mês atualização do Código de Defesa do Consumidor

Expectativa é de o relatório do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) ser votado na comissão temporária que trata do assunto ainda na primeira quinzena

No ano em que completa 23 anos, o Código de Defesa do Consumidor pode ganhar avanços importantes. Considerada uma lei forte e respeitada, no Senado, os parlamentares dizem que o que está em discussão na Casa não é uma reforma, mas sim, uma atualização da lei. A expectativa é de o relatório do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) ser votado na comissão temporária que trata do assunto ainda na primeira quinzena deste mês.
“A questão central é você considerar a legitimidade de todos os segmentos que participam desse debate e construir uma legislação equilibrada. O ponto central é não agir com radicalismo porque se você agir com radicalismo, você marca uma posição, mas não faz a legislação avançar”, avaliou Ferraço.
Para não contaminar os assuntos, além de manter, em projetos de lei separados, as três sugestões sobre superendividamento, ações coletivas e comércio eletrônico, feitas por uma comissão de juristas presidida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin, Ferraço vai incluir, pelo menos, mais duas novidades na atualização: um projeto que prevê o fortalecimento dos Procons e outro que trata da publicidade infantil.
Apesar da decisão do relator, o presidente da comissão, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), considera que este último tema é polêmico e não foi discutido suficientemente a ponto de avançar. Suécia, Dinamarca, Noruega, Inglaterra, Bélgica, Austrália e Canadá são exemplos de países que proíbem a publicidade voltada a esse público. No Brasil, o tema divide opiniões. “O projeto da publicidade infantil eu vejo zero de possibilidade de ser aprovado porque é uma coisa extremamente polêmica”, disse Rollemberg.
Já a proposta que prevê o fortalecimento dos Procons é vista como fundamental e foi pedida por especialistas da área em uma das audiências públicas feitas pela comissão. O relatório do senador Ricardo Ferraço deve propor um projeto no qual as conciliações feitas entre clientes e empresas nos órgãos de proteção e de defesa do consumidor tenham validade de decisão judicial.Assim, caso o prestador de serviço não cumpra o acordo firmado nos Procons, poderá ser executado diretamente pela Justiça, sem necessidade do consumidor entrar com um novo processo.
Na avaliação dos senadores, se o Procon não tiver o poder de multar, arbitrar, decidir e conciliar, as pessoas vão continuar recorrendo à Justiça que hoje acumula milhares de processos desse tipo.
O assunto também é objeto de um projeto de lei enviado pelo governo este ano à Câmara dos Deputados. “Nós não temos o menor compromisso com o texto da Câmara. Nós temos compromisso com uma tese comum de fortalecimento dos Procons”, disse Rollemberg ao justificar a apresentação de uma proposta semelhante no Senado.


fonte: Agência Brasil
14/06/2013 - 19:59 | Fonte: STF

Liminar suspende dívida tributária de R$ 7 bilhões da Petrobras

Ministro Benedito Gonçalves
Ministro Benedito Gonçalves - Divulgação/STJ
O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), reconsiderou sua decisão anterior e concedeu liminar em medida cautelar para suspender a exigibilidade de uma dívida tributária de quase R$ 7,4 bilhões que a Fazenda Nacional vem tentando cobrar da Petrobras. A decisão foi tomada na noite desta sexta-feira (14).

A liminar livra a Petrobras, temporariamente, de uma série de constrangimentos que, segundo ela mesma alegou ao STJ, seriam decorrência da condição de devedora do fisco, entre os quais a impossibilidade de importar e exportar, por falta da certidão de regularidade tributária.

Com a decisão desta sexta-feira, a suposta dívida fiscal – que a Petrobras contesta judicialmente – não poderá ser exigida pela Fazenda Nacional pelo menos até a Primeira Turma do STJ julgar a medida cautelar impetrada pela empresa.

“A expressão econômica do crédito tributário em questão, superior a R$ 7 bilhões, é suficiente para demonstrar que a sua imediata exigibilidade ostenta uma potencialidade danosa às atividades normais da empresa”, disse o ministro em sua decisão mais recente.

“Nesta esteira – acrescentou –, embora seja a requerente empresa de notório poder econômico, a quantia em questão é por demais elevada para pressupor eventual facilidade na pronta apresentação de garantias suficientes para fazer frente a esse débito tributário sub judice.”

Competência

Na noite de quinta-feira (13), ao examinar a medida cautelar com pedido de liminar impetrada pela Petrobras, o ministro Benedito Gonçalves considerou que o STJ não seria competente para analisar o caso naquele momento. A competência para decidir sobre efeito suspensivo seria do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), sediado no Rio, pois ele ainda não havia decidido sobre a admissão de recurso especial que a Petrobras interpôs para o STJ.

No recurso especial, a empresa pede que seja dado efeito suspensivo à apelação que ela interpôs no TRF2 para reformar a decisão da primeira instância da Justiça Federal que reconheceu o débito tributário. O TRF ainda não julgou a apelação da empresa.

Na reconsideração, Benedito Gonçalves observou que, ao consultar o processo, verificou que o TRF2 já havia analisado e rejeitado o pedido de efeito suspensivo, o que criou um “vácuo de jurisdição”.

“Dadas as peculiaridades do presente caso, que evidenciam o aludido vácuo de jurisdição, reconheço a excepcional competência desta Corte Superior para processar e julgar esta medida cautelar, assegurando, dessa forma, o direito constitucional à devida e oportuna prestação jurisdicional”, afirmou o relator.

Veja aqui a íntegra da decisão do ministro Benedito Gonçalves.

Processo MC 21159

terça-feira, 11 de junho de 2013

UMA QUESTÃO DE INCOERÊNCIA.

Fonte:Economia Verde Enviado por Agostinho Vieira - 06.06.2013 | 18h19m

Coluna publicada no Globo de hoje:

A notícia de que o grupo EBX, do empresário Eike Batista, decidiu acabar com a diretoria de Sustentabilidade não precisava ser necessariamente ruim. Num mundo ideal, uma empresa realmente sustentável do ponto de vista social, ambiental e econômico talvez não precisasse mesmo de uma diretoria com esse nome. Seria um exemplo de gestão. Infelizmente, parece que não foi esse o caso. Na verdade, quando demitiu os 50 funcionários do setor, Eike estava apenas sendo coerente. Anunciar a medida na Semana do Meio Ambiente talvez não tenha sido inteligente, mas foi coerente. A mesma coerência demonstrada na decisão de não comentar o caso. Esse negócio de transparência só fica bem em quem realmente leva o tema a sério. A praia dele é outra. Trata-se de um homem ousado, polêmico, que sonha em ser o mais rico do mundo. O que é legítimo, mas é diferente. Há algum tempo, o ex-marido da Luma de Oliveira vem enfrentando o seu pior inferno astral, que inclui desde problemas com a família até a queda acentuada das ações de suas empresas. Ficou famosa a frase do empresário: “Onde eu furo, eu acho”. Hoje, alguns setores do mercado não acreditam mais nas suas apostas e promessas. Nesse contexto, reduzir investimentos e cortar pessoal faz parte da vida. E se uma área não é prioritária, fica mais fácil ainda. Quem fizer um passeio rápido pelo site da EBX e das demais empresas do grupo verá que a palavra sustentabilidade é repetida dezenas de vezes. Acompanhada de frases como “é parte intrínseca do processo de empreender” ou “buscando ser um exemplo de liderança empresarial responsável”. É tudo mentira? Acredito, honestamente, que não. Há nos exemplos uma vontade de acertar. Mas fica a sensação de que a roupa está apertada demais. E pior, parece que estão na festa errada. Dois projetos chamam a atenção entre as ações do grupo. O primeiro é conhecido como Gestão Integrada de Território. Parte do conceito de que antes de implantar um empreendimento numa região é preciso discutir com a comunidade os seus impactos e tentar minimizá-los. Envolve contratação de mão-de-obra local, treinamento, investimentos em saúde e saneamento. Antecipa a soluções e cumpre exigências que poderiam ou deveriam ser feitas pelo poder público. Começou no Porto Açu, mas com os problemas na obra nunca chegou a ser totalmente implantada. O segundo era a despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas. Apesar de ser a menina dos olhos de Eike Batista, ela sempre foi muito criticada internamente. Porque não tinha uma relação direta com os negócios da empresa e porque um eventual fracasso arranharia a imagem do grupo. O pior momento foi quando a Cedae fez uma ação de marketing dizendo que tinha despoluído a Lagoa, sem citar a empresa que já havia investido milhões no projeto. Até hoje o cartão postal da cidade continua poluído. Enquanto isso, no mundo real, as empresas X multiplicam passivos ambientais. São mais de 30 inquéritos e ações públicas espalhadas por nove estados. A maior parte dos processos relacionada com licenciamento e impactos ao meio ambiente. Em fevereiro, a OSX, do ramo de indústria naval, foi multada em R$ 1,3 milhão pelo governo do Rio. O motivo foi o alto índice de sal na água de um canal do Porto Açu, o que prejudicava os agricultores da região. É claro que uma empresa que atua com negócios potencialmente “sujos” em termos ambientais precisa conviver com isso. São mineradoras, exploração de petróleo, estaleiros, navios, usinas térmicas a carvão. A pegada ambiental é altíssima. Mas esse número não é conhecido, se é que algum dia foi medido. Essa sim seria uma ação típica de um negócio sustentável. Medir os impactos ambientais, divulgar para a comunidade sem meias palavras e mostrar o que pretende fazer para reduzi-los ao longo do tempo. Essa omissão, no entanto, não é um privilégio da EBX. Nove em cada dez empresas tratam a sustentabilidade como ameaça ou custo. Os especialistas costumam dividir as empresas em quatro grupos. As reativas, que só fazem alguma coisa após serem multadas. As adequadas, que seguem basicamente o que manda a lei. As oportunistas, que cumprem a lei, possuem relatórios de sustentabilidade e tentam melhorar a imagem. Por fim existem as inovadoras ou transformadoras. Um estudo recente feito pela Universidade de Harvard, nos EUA, mostrou que este último grupo, das empresas realmente sustentáveis, em 20 anos conseguiu ter uma valorização do patrimônio até 30% maior que as demais. Mesmo nos tempos de vacas magras, como estes que afligem o planeta de um modo geral e os negócios de Eike Batista em particular. Uma questão de coerência.

Sebastião Salgado: O drama silencioso da fotografia

Em anexo está um vídeo, que todos deveríamos vê-lo e analisar como se faz com determinação, a mudança de patamares para aqueles que definitivamente buscam um mundo melhor.
Diversos governos falam em meio ambiente, em sustentabilidade em vida melhor, mas diante de tudo que observamos, nada é feito e em um simples ato do Sr Sebastião Salgado, o doutor em economia, ao assumir a fotografia como um ideal aos 30 anos de idade, fez deste motivo a sua obsessão na busca de complementar suas ideias. Seus projetos de anos de duração, conseguiram captar de uma forma linda e emocionante, o lado humano de uma história global onde a morte se aventura a cada passo que se dá. Nessa história pessoal esse magnífico fotógrafo se aprofundou na arte, e vislumbrou o mundo através de suas lentes, quase se matando, mas  resgatando fotos lindas e espetaculares em um trabalho, que mostra o revigoramento de um planeta, onde as possibilidades ainda existem, e continuam pulsante em todas as partes, para retomada de um caminho inicial onde a vida brota, na medida que realizamos as nossas verdadeiras obrigações com ela.

Veja o vídeo através do endereço abaixo:
Fonte:




sábado, 1 de junho de 2013

Carros e Transporte público

Desinteresse dos jovens por carros preocupa montadoras e brasileiros preferem transporte público de qualidade


Os jovens passaram a valorizar meios de transporte mais limpos e acessíveis, como bicicleta, ônibus e trajetos a pé



Comentário AkatuEste artigo aponta para a tendência do público jovem nos Estados Unidos de se interessar cada vez menos pelos carros enquanto bens de consumo, a ponto de uma das principais montadoras de veículos do mundo estar repensando suas estratégias de modo a reconquistar esse público. Essa tendência de valorizar a mobilidade em vez da posse do automóvel não é predominante apenas entre os norte-americanos mais novos. Segundo dados de pesquisa recém-lançada pelo Instituto Akatu, entre os brasileiros que não usam carro, há, mesmo assim, uma forte preferência pela mobilidade em relação a ter um carro próprio (nota 8  contra 5). E, entre os que usam carro, a preferência por se deslocar pela cidade com rapidez, conforto e segurança em relação a ter um carro é ainda mais marcada (nota 9 a 3).Mais sensibilizadas e conscientizadas sobre os problemas decorrentes do uso excessivo do carro e seus impactos para o planeta e para sua própria qualidade de vida, as pessoas terão mais disposição para escolher alternativas mais sustentáveis, como o transporte compartilhado e público ou a bicicleta. Quanto mais dispostas a usar essas opções, mais pressionarão por um transporte coletivo de melhor qualidade. Portanto, cabe também às empresas e aos governos responderem aos anseios de uma população mais crítica e informada sobre a sustentabilidade.


Um recente artigo do The New York Times, da jornalista Amy Chozick, é mais uma prova de que os jovens mudaram. Os jovens entre 18 e 24 anos estão se importando mais com os outros e com o mundo em que vivem, superando antigos valores e necessidades de consumo que já não os convencem e, muito menos, os satisfazem. Uma dessas mudanças importantes está no modo com que os jovens se relacionam com a mobilidade.
Há poucas décadas, o carro representava o ideal de liberdade para muitas gerações. Hoje, com ruas congestionadas, doenças respiratórias e falta de espaço para as pessoas nas cidades, os jovens se deram conta de que isso não tem nada a ver com ser livre, e passaram a valorizar meios de transporte mais limpos e acessíveis, como bicicleta, ônibus e trajetos a pé. Além do mais, “hoje Facebook, Twitter e mensagens de texto permitem que os adolescentes e jovens de 20 e poucos anos se conectem sem rodas. O preço alto da gasolina e as preocupações ambientais também jogam água nesse mesmo moinho”, diz o artigo.
Para entender esse movimento, o texto conta que a GM, uma das principais montadoras de automóvel do mundo, pediu ajuda à MTV Scratch, braço de pesquisa e relacionamento com jovens da emissora norte-americana. A ideia é desenvolver estratégias adaptadas à realidade dos carros e focadas no público jovem para reconquistar prestígio com o pessoal de 20 e poucos anos – público que tem poder de compra calculado em 170 bilhões de dólares, segundo a empresa de pesquisa de mercado comScore.
Porém, a situação não parece ser reversível. “Em uma pesquisa realizada com 3 mil consumidores nascidos entre 1981 e 2000 – geração chamada de ‘millennials’ – a Scratch perguntou quais eram as suas 31 marcas preferidas. Nenhuma marca de carro ficou entre as top 10, ficando bem abaixo de empresas como Google e Nike”, diz o artigo. Além disso, 46% dos motoristas de 18 a 24 anos declararam que preferem acesso à Internet a ter um carro, segundo dado da agência Gartner, também citado no texto do NY Times.
O que parece é que os interesses e as preocupações mudaram e as agências de publicidade estão correndo para entendê-los e moldá-los, mais uma vez. Só que, agora, com o poder da informação na ponta dos dedos e o movimento da mudança nos próprios pés fica bem mais difícil acreditar que a nossa liberdade dependa de uma caixa metálica que desagrega e polui a nossa cidade, segundo as palavras do citado texto.

Jovens brasileiros preferem transporte público de qualidade
Essa tendência de não valorização do carro já foi apontada também pelos nossos jovens aqui no Brasil. A pesquisa O Sonho Brasileiro, produzida pela agência de pesquisa Box1824, questionou milhares de ‘millenials’ sobre sua relação com o país e o que esperavam para o futuro. As respostas, que podem ser acessadas na íntegra no site, mostram entusiasmo e vontade de transformação, especialmente frente aos desafios sociais e urbanos como falta de educação e integração.
Nesse sentido, o Instituto Akatu lançou no último mês de abril uma pesquisa que apontou que, mesmo para os brasileiros que não utilizam carro no cotidiano, a opção é fortemente em favor da mobilidade em vez do veículo próprio (índice de 7,7 contra 5,3). Ou seja, mesmo quem depende de outros meios de transporte para seu deslocamento, prefere deslocar-se com rapidez, segurança, conforto e flexibilidade a investir em um veículo próprio. Entre aqueles que usam carro no cotidiano, a diferença pela mobilidade é ainda maior: índices de 8,7 e 2,8, o que evidencia ainda mais a incongruência entre o atual modelo de consumo e as aspirações dos consumidores brasileiros.



Postado por Daniela Kussama