Pensamento

" Não são os grandes planos que dão certos, são os pequenos detalhes" Stephen Kanitz

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Previsões climáticas

Previsões alarmistas do clima eram conservadoras

José Eduardo Mendonça - 20/10/2011 às 00:50

Mudanças estão acontecendo muito mais rápido
Longe de serem alarmistas, as previsões de cientistas do clima estão em muitos casos se provando mais conservadoras que os impactos observados.
Os alertas deles eram sombrios: 188 previsões mostravam que mudanças do ambiente induzidas pelo clima iriam colocar 7% de todas as espécies de plantas e animais no globo (um em cada 14 criaturas) em risco de extinção. Mas os cientistas foram conservadores em muitas áreas importantes e diferentes. Ainda assim, suas previsões foram criticadas como alarmistas, e que estariam sendo usadas para se conseguir mais dinheiro para a comunidade científica, ou que pretendiam levar a uma governança global.
Mas como os impactos da mudança do clima estão deixando aparente, muitas previsões os subestimaram. A realidade, em muitos casos, tem sido muito pior do que os cientistas esperavam. “Estamos vendo uma evidência crescente agora de que a comunidade acadêmica tem sido muito conservadora”, afirma Naomi Oreskes, historiadora da ciência na Universidade da Califórnia-San Diego. Há uma década cientistas previram que o Ártico não ficaria sem gelo no verão até 2100. Mas a extensão da camada de gelo no norte vem encolhendo e hoje cobre 70% da área que cobria em 1979. Agora, alguns cientistas acham que o gelo pode desaparecer em 25 anos.
Em agosto, uma equipe liderada pelo pesquisador Chris Thomas, da Universidade de York, mostrou que plantas e animais estão se deslocado para maiores altitudes no dobro da velocidade prevista, como consequência de temperaturas mais altas. No caso das extinções, no começo deste anos dois cientistas na Universidade de Exeter compararam taxas de extinção previstas com as observadas. As taxas do mundo real são mais que o dobro do mostrado por modelagens em computadores. Enquanto os estudos advertiam sobre uma taxa de extinção de 7%, observações de campo sugerem que ela estaria próxima de 15%.
Oreskes passou sua carreira estudando a ciência do clima. Ela diz que há ampla evidência de que os cientitas distorceram os fatos – mas não como diz o arquiconservador governador do Texas e pré-candidato à presidência dos EUA, segundo os quais eles pintam um quadro horroroso para conseguir mais dinheiro. Na verdade, disse Oreskes, cientistas afastam seus resultados de cenários apocalípticos. “Muitas pessoas na comunidade científica acham que é importante ser conservador, para a proteção da credibilidade. Mas isto tem levado cientistas a subestimar, e não enfatizar, os impactos”, afirmou ela, de acordo com o Daily Climate.
United Nations Photo / Creative Commons



Nenhum comentário:

Postar um comentário