OS SUPERPODEROSOS
Legumes mais nutritivos, incrementados com superproteínas; verduras e grãos resistentes a agrotóxicos; alimentos com menos gordura e mais saudáveis; plantas que amadurecem melhor e não sofrem com o mau tempo.
Você conhece esses superalimentos desenvolvidos pelos cientistas? Porque não é só com os genes das ovelhas que os cientistas estão mexendo... A nossa comida de todo dia também já tem clones e transgênicos. Você sabe o que são plantas transgênicas ou organismos geneticamente modificados (OGMs)?
São espécies de vegetais que passaram por modificações nos laboratórios para ficarem com superpoderes: ter maior valor nutritivo, durar mais, resistir às pragas e ao mau tempo.
Sabe como os cientistas tornam essas plantas tão poderosas? É um processo parecido com o que gerou a ovelha Dolly. Eles emprestam os genes de uma espécie e colocam nas células de uma outra. O resultado é um organismo geneticamente modificado (OGM). Para criar a soja transgênica, por exemplo, os cientistas pegaram um gene de uma bactéria e colocaram em um pé de soja. Como essa bactéria é resistente a agrotóxicos (venenos para matar as pragas), a soja modificada também fica resistente aos agrotóxicos.
Os agricultores então podem colocar muito agrotóxico na plantação (e com isso aumentar a produção) sem correr o risco que a soja seja destruída. Também já inventaram uma soja com maior valor nutritivo, que recebeu genes da castanha-do-pará.
E as invenções não param: tem também algodão colorido para economizar nas tintas das roupas, milho mais robusto, café que amadurece mais rápido, feijão mais leve e nutritivo, batatas e tomates resistentes ao ataque de insetos e pragas. Mas essa história de inventar e modificar alimentos também já está dando muita confusão. Ainda não é certo se esses alimentos prejudicam ou não a saúde, depois de serem ingeridos pelas pessoas durante muito tempo.
O caso da soja transgênica é o que está dando mais o que falar. Ela é super-resistente a um certo agrotóxico. O problema é que quem come essa soja está ingerindo também doses cavalares de agrotóxico.
Ora, se a soja transgênica alimenta uma criação de gado, os bichos consomem o agrotóxico junto com o alimento, e a carne deles, cheia de veneno, pode vir parar na nossa mesa. Outro problemão é que as pragas (os insetos que atacam a soja) podem ficar resistentes ao agrotóxico. E aí a soja transgênica não serviria mais para nada.
A superbatata também pode prejudicar a saúde. Em 1998, o cientista inglês Arpad Pusztai fez uma experiência. Ele colocou ratinhos para comer batatas transgênicas, modificadas com um gene de uma erva que funcionava como um inseticida natural. Acabou descobrindo que essas batatas causavam problemas no sistema imunológico dos ratos. Ou seja, os ratinhos ficavam mais fracos e adoeciam com mais facilidade.
Será que o mesmo acontece com as pessoas? Para conhecer todos os efeitos dos alimentos transgênicos sobre o nosso organismo é que os cientistas não param de pesquisar. A cada dia novos estudos são divulgados, esquentando ainda mais as discussões em torno dos transgênicos.
Fonte: www.canalkids.com.br
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