Pensamento

" Não são os grandes planos que dão certos, são os pequenos detalhes" Stephen Kanitz

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Azeite, vinho e pão: santíssima trindade.


Citado em todos  os   manuais de medici-
na  e   alquimia   da    antiguidade, fonte
de   vida,     serviu   como  alimento,  re-
médio   e   cosmético    para    todos   os 
povos  do   Oriente    Médio    e   Europa;
citado em quase todos  os livro da Bíblia,
e reverenciado como  alimento nobre por 
todos  os  povos    ocidentais,   o   azeite
tem  lugar  de   destaque  entre  os  alim-
entos  divinizados,  ao  lado  do  pão e do
vinho.


A produção de azeite  tem início na olivi-
cultura,  e  quanto   melhor   a   produção
de  azeitonas,  melhor   a  chance  de  se 
obter  um  bom  azeite,  a regra que vale 
para os vinhos  é  a  mesma  aqui. A pro-
dução de  óleo  de oliva chegou  ao medi-
terrâneo  há   três   mil  anos,   vinda  do 

oriente   médio, mas  as  oliveiras  ocupam  a  paisagem na  região  há  mais   e
cinco   mil   anos,   segundo   pesquisas  da  universidade  de  Córdoba.  Toda  a
Europa    produz    óleo    de    azeitonas,  mas  a  Espanha  é  o  maior  produtor 
mundial, possuindo  mais  de   250  milhões  de  oliveiras.  A  qualidade  do  óleo
está,  sem   duvida,   na    qualidade   da   matéria  prima,  mas  o  processo  de
elaboração deve ser cuidadoso,  desde  a  colheita   até   a   armazenagem,  pois
o liquido precioso é muito delicado e oxida facilmente.


A  colheita  ocorre  nos  meses  de  novembro  e  dezembro,   em   pleno inverno
europeu, e  para garantir a sanidade dos frutos, não deve ultrapassar  as  seten-
ta  e  duas  horas  da  colheita à prensagem. As azeitonas  maduras  chegam  ao
lagar, onde serão trituradas,  mas  antes  devem   ser  lavadas,  para  retirar  as 
impurezas. Depois  de  limpas   e   secas,  são  esmagadas  para  se  formar uma
pasta  que  será  colocada  num  lagar  e   serão prensadas a frio mecanicamente.
Antes de ser prensado pela primeira vez,  o  primeiro óleo a escorrer espontânea-
amente  é  o  melhor  azeite,  chamado  de “flor”, onde há  grande  concentração
de  aroma,  de  sabor  e  baixíssima  acidez.   Este   azeite   é    o   mais   nobre, 
entretanto  a  sua  produção  ínfima torna  seu  preço  alto.  A  pasta compacta é
prensada a  frio, e  o óleo extraído é o chamado de “Extra”, ou “Extra  Virgem”,
este  óleo  é nobre, possui baixa acidez (inferior a 1 g/litro), ou seja,  menos de
1g de ácidos gordos  por  100 g  de  azeite. Na  seqüência,  o  moinho  hidráulico
é acionado novamente, desta  vez com mais força, e o azeite  que  se obtém é o
“Virgem”,  com  acidez  inferior  a  2 g / litro. A  pasta  de  azeitonas  restantes
será aquecida, pois ainda há óleo a ser extraído,  e  o  azeite obtido  pela última
prensagem é o comum, indicado para as frituras, com acidez alta,  pouco  aroma
e sabor.A coloração do azeite depende da espécie de azeitonas utilizadas  na sua 
elaboração e seu estado de  amadurecimento.  Azeites  mais  verdes  e   escuros
podem ser resultantes de azeitonas verdes, jovens,enquanto que frutos maduros
produzem azeites de tom pastel. O sabor também depende do tipo  de azeitonas
utilizadas  e  do  seu  grau  de amadurecimento. Azeites    podem  ser    suaves, 
amendoados ou picantes e apimentados,dependendo do país de origem,do estado
de amadurecimentodas azeitonas e da sua qualidade.Cuidado com as garrafas de
azeite, pois não duram muito, devem ser consumidas em até quatro meses.Todo 
cuidado  é   pouco  para  manter  sua  qualidade,  e  uma  delas  é  limpar  o bico 
dosador, pois a  sujeira  que  se  acumula  no  local  pode oxidar o  conteúdo. Em 
regiões quentes, melhor conservar  o  azeite  em geladeira, o liquido irá ficar um 

pouco turvo, mas suas propriedades permanecerão intactas por mais tempo.

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