Eólica fica mais barata do que carvão na Austrália e demonstra a força das renováveis
A atividade tem evitado a emissão de mais de sete milhões de toneladas de gases do efeito estufa anualmente, o equivalente a retirar 1,641 milhão carros das ruas.
Por: Fabiano Ávila
Fonte: Instituto CarbonoBrasil
Mesmo no maior exportador mundial de carvão, as fontes renováveis já se mostram competitivas e, agora, até mais baratas. A Bloomberg New Energy Finance (BNEF) afirmou nesta quinta-feira (7) que a eletricidade gerada por uma nova fazenda eólica na Austrália custa A$80 (R$ 163,97) o megawatt hora (MWh), abaixo dos A$ 143/MWh (R$ 293,09) de uma nova termoelétrica a carvão e dos A$116/MWh (R$237,75) de uma a gás natural.
“O fato de que eólicas são mais baratas do que carvão e gás em um país com uma das melhores reservas de combustíveis fósseis do planeta mostra que a energia limpa é um agente de transformação que promete virar de cabeça para baixo a economia dos sistemas de energia”, declarou em um comunicado Michael Liebreich, presidente da BNEF.
Segundo o Conselho de Energia Limpa da Austrália, a capacidade eólica no país tem crescido a uma taxa de 25% ao ano, sendo que a fonte já atende cerca de 3% da demanda por energia dos australianos.
A entidade informa que existem 59 fazendas eólicas na Austrália, com um total de 1345 turbinas, gerando 2,48GW – dados referentes a abril de 2012. A atividade tem evitado a emissão de mais de sete milhões de toneladas de gases do efeito estufa anualmente, o equivalente a retirar 1,641 milhão carros das ruas.
O governo australiano possui a meta de ter 20% de sua matriz energética formada por renováveis até 2020.
Aqui no Brasil, as fontes alternativas já são mais baratas do que as termoelétricas que estão sendo ligadas atualmente para compensar a baixa produção das hidroelétricas por causa do baixo nível dos reservatórios.
De acordo com o Greenpeace, o governo paga R$500/MWh nas termoelétricas, enquanto a energia fotovoltaica custaria R$300/MWh, e a eólica, R$100/MWh.
“Em tese, cada real gasto para operar as usinas térmicas poderia nos fornecer 60% a mais de energia solar ou cinco vezes mais em energia eólica”, calculou Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
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Postado por Daniela Kussama
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