Pensamento

" Não são os grandes planos que dão certos, são os pequenos detalhes" Stephen Kanitz

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Brasil inova com a luz orgânica

Tecnologia desenvolvida por brasileiros, em parceria com a Philips promete economia de 30% a 40% de eletricidade e durabilidade três vezes maior que as lâmpadas fluorescentes compacta
Fonte: Eco-Finanças

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Uma tecnologia inovadora de iluminação que utiliza um semicondutor orgânico, desenvolvida pela Philips em parceria com pesquisadores brasileiros da Fundação Certi, promete economia de 30% a 40% de eletricidade e durabilidade três vezes maior que as lâmpadas fluorescentes compactas. Em março de 2014, a multinacional de origem holandesa pretende lançar uma família de luminárias de alta eficiência energética, fabricadas no Brasil.
O convênio de cooperação EMO (em inglês, OLED para mercados emergentes), no valor de US$ 10 milhões e com duração de três anos, tem financiamento Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES-Funtec), destinado a projetos de interesse estratégico para o país. Também conta com apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que pretende lançar neste ano um programa de incentivos para desonerar este segmento industrial. Atualmente, 19% de toda a energia consumida no mundo se destinam à iluminação e a expectativa é reduzir esse percentual.
O salto evolutivo se baseia no conceito da iluminação por estado sólido. “OLED, sigla em inglês para diodo orgânico emissor de luz, é uma tinta composta por moléculas luminescentes de carbono, hidrogênio e oxigênio que é impressa sobre uma superfície plana, geralmente vidro, por onde passa uma corrente elétrica”, explica o responsável pelo projeto na Certi, engenheiro Manuel Steidle. “Diferentemente da lâmpada LED, que tem luz intensa e focada, a tecnologia OLED gera luminosidade difusa e de espectro suave, a partir de uma camada extremamente fina, de apenas 1,8 milímetro”.
Há aplicações promissoras em arquitetura e construção, indústrias automotiva e eletroeletrônica, iluminação pública, artes e medicina. “No fim do ciclo de vida dos produtos, o impacto dos materiais orgânicos é mínimo para o meio ambiente, ao contrário das lâmpadas fluorescentes, que usam metais pesados”, diz. As luminárias OLED serão utilizadas na Copa do Mundo e nas Olimpíadas.
Os técnicos e engenheiros da Fundação Certi trabalham em melhorias para aprimorar a tecnologia de luz orgânica, denominada Lumiblade pela empresa. A pesquisa vem sendo desenvolvida em cooperação com um laboratório da Philips em Aachen, na Alemanha, com a fábrica de lâmpadas da multinacional em Varginha (MG) e com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio do Laboratório de Materiais (LabMat) e do Instituto de Eletrônica de Potência (INEP), em Florianópolis. Em maio de 2012, o primeiro produto da parceria foi apresentado em Londres para 170 arquitetos e projetistas: o Philips LivingSculpture 3D, uma estrutura composta por 40 módulos de 25 lâminas de luz, coordenadas por computador. As lâminas possuem hastes metálicas que possibilitam a criação de planos iluminados tridimensionais, como se fossem esculturas luminosas.



Postado por Daniela Kussama

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013


Relatório da ONU analisa ligação entre produtos químicos e problemas de saúde



O relatório destaca algumas associações entre a exposição a desreguladores endócrinos (EDC, na sigla em inglês) e problemas de saúde.


Fonte: EcoDebate


produtos químicos e problemas de saúde

Muitos produtos químicos de uso doméstico e industrial que não foram devidamente testados podem ter efeitos sobre o sistema hormonal e causar problemas de saúde significativos, de acordo com um relatório das Nações Unidas divulgado nesta terça-feira (19).
O relatório O Estado da Ciência dos químicos de desregulação endócrina, produzido em conjunto pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), destaca algumas associações entre a exposição a desreguladores endócrinos (EDC, na sigla em inglês) e problemas de saúde, como câncer de mama, de próstata e de tireoide, além de déficit de atenção e hiperatividade em crianças.
“Precisamos urgentemente de mais pesquisas para obter uma imagem mais completa dos impactos sobre a saúde e o meio ambiente de desrugladores endócrinos”, afirmou a Diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira. “A ciência mais recente mostra que as comunidades em todo o mundo estão sendo expostas aos desreguladores endócrinos, e seus riscos associados.”
Os EDCs podem entrar no meio ambiente através de despejos industriais e urbanos, escoamento agrícola e pela queima e liberação de resíduos. Alguns EDCs ocorrem naturalmente, enquanto as variedades sintéticas podem ser encontrados em pesticidas, produtos eletrônicos, produtos de higiene pessoal, cosméticos e aditivos ou contaminantes em alimentos. Além de afetar seres humanos, esses elementos também podem prejudicar a vida animal.
“Os produtos químicos são cada vez mais parte da vida moderna e apoiam muitas economias nacionais, mas o manejo inapropriado de produtos químicos desafia o alcance das metas fundamentais de desenvolvimento sustentável para todos”, destacou o Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner.
Saiba mais, em inglês, sobre o tema em www.who.int/ceh/risks/cehemerging2


Postado por Daniela Kussama

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Energia eólica cresceu 20% no mundo em 2012

José Eduardo Mendonça - 13/02/2013 às 10:28




Custos são mais competitivos que carvão e gás em alguns países
Ao pensarem na escolha de sua próximas fontes geradoras de energia, muitos países vão se sentir tentados a escolher turbinas eólicas. Graças a um design mais avançado, hoje é mais barato construir fazendas eólicas que novas usinas de energia a carvão e gás.
A energia eólica é a mais recente fonte renovável a se tornar competitiva, depois que o preço da solar caiu 75% entre 2008 e 2011. A queda foi impulsionada pela economia de escala – fabricantes chineses dominaram a tecnologia de produzir grandes quantidades de painéis solares de forma rápida e mais barata.
A história é diferente com a energia eólica. A tecnologia é a chave. Melhor design, incluindo pás mais amplas e turbinas mais altas, levaram a um aumento na eficiência. Isto resulta em um crescimento saudável do setor.
A energia eólica cresceu quase 20% no mundo em 2012, chegando a 282GW de capacidade instalada, enquanto a energia solar ultrapassou os 100GW, mais que dobrando em dois anos.
Mais que 45GW de novas turbinas chegaram em 2012. China e EUA lideraram, com 13GW cada, enquanto Alemanha, Índia e Reino Unido ficaram em segundo lugar, com 2GW cada.
“Enquanto a China fez uma pausa para respirar, tanto os mercados americano quanto o europeu tiveram anos excepcionalmente fortes,” disse ontem Steve Sawyer, secretário-geral do Conselho Global de Energia Eólica.
O Reino Unido agora está em sexto lugar em capacidade total instalada (8.5GW). Na Europa, apenas Alemanha (31GW) e Espanha (23GW) estão à frente. A China lidera com 77GW e os EUA ocupam um segundo lugar, com 60GW, informa o Guardian.
Foto: John Sutton / Creative Commons Licence
Mais um problema para os peixes: antidepressivos

José Eduardo Mendonça - 15/02/2013 às 08:43




Medicamentos tornam percas européias mais valentes e menos sociais
As benzodiazepinas estão entre as drogas mais prescritas no mundo. Elas incluem campeões de venda como Noctal e Valium. Bilhões de antidepressivos, ansiolíticos, hipnóticos, sedativos e antipsicóticos feitos com a substâncias são receitadas por médicos todo ano. Tratam uma variedade de desordens, de insônia a esquizofrenia, e também causam mortes por overdose.
Mas nem todas acabam dentro de pacientes, já que estas drogas miram proteínas chamadas receptores GABA, que são encontrados em uma variedade de outros organismos, como os de peixes, por exemplo.
A distribuição de drogas farmacêuticas em escala tão grande, combinada a sistemas imperfeitos de filtragem e tratamento de água, está fazendo com que algumas delas terminem no ambiente, e há anos cientistas estudam os efeitos de uma variedade de substâncias em ecossistemas e no comportamento animal. Agora, um grupo de pesquisadores da Universidade Umea, na Suécia, encontrou traços de uma droga contra a ansiedade chamada oxazepam (não comercializada no Brasil, e na Europa com marcas como Serax) em percas do rio Fyris. O que eles observaram foram alguns fatos estranhos e potencialmente preocupantes.
Estudando as percas em tanques de laboratório, descobriram que mesmo concentrações relativamente baixas da droga mudavam o comportamento dos peixes, tornando-os mais ousados e menos sociáveis. Os resultados do trabalho foram anunciados no encontro anual da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência.
O oxazepam, excretado na urina dos pacientes, é uma molécula muito estável. Sobrevive ao tratamento da água e apenas lentamente se dissolve no ambiente. O efeito sobre os peixes é magnificado pelo fato de que a droga se acumula em seus corpos – a concentração nas percas do rio Fyris é seis vezes maior que na água do rio, diz Tomas Brodin, líder do estudo.
Brodin disse que os efeitos sobre as percas – particularmente seus hábitos alimentares – podem ser perigosos. Os peixes medicados são mais dispostos a abandonar seu cardume e refúgios seguros e sair sozinhos para procurar alimento. Além disso, comem mais rápido que o normal, informa o Financial Times.
Foto: markbyzewski

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013


Eólica fica mais barata do que carvão na Austrália e demonstra a força das renováveis

A atividade tem evitado a emissão de mais de sete milhões de toneladas de gases do efeito estufa anualmente, o equivalente a retirar 1,641 milhão carros das ruas.

Por: Fabiano Ávila

eolicconstruindo
Mesmo no maior exportador mundial de carvão, as fontes renováveis já se mostram competitivas e, agora, até mais baratas. A Bloomberg New Energy Finance (BNEF) afirmou nesta quinta-feira (7) que a eletricidade gerada por uma nova fazenda eólica na Austrália custa A$80 (R$ 163,97) o megawatt hora (MWh), abaixo dos A$ 143/MWh (R$ 293,09) de uma nova termoelétrica a carvão e dos A$116/MWh (R$237,75) de uma a gás natural.
“O fato de que eólicas são mais baratas do que carvão e gás em um país com uma das melhores reservas de combustíveis fósseis do planeta mostra que a energia limpa é um agente de transformação que promete virar de cabeça para baixo a economia dos sistemas de energia”, declarou em um comunicado Michael Liebreich, presidente da BNEF.
Segundo o Conselho de Energia Limpa da Austrália, a capacidade eólica no país tem crescido a uma taxa de 25% ao ano, sendo que a fonte já atende cerca de 3% da demanda por energia dos australianos.
A entidade informa que existem 59 fazendas eólicas na Austrália, com um total de 1345 turbinas, gerando 2,48GW – dados referentes a abril de 2012. A atividade tem evitado a emissão de mais de sete milhões de toneladas de gases do efeito estufa anualmente, o equivalente a retirar 1,641 milhão carros das ruas.
O governo australiano possui a meta de ter 20% de sua matriz energética formada por renováveis até 2020.
Aqui no Brasil, as fontes alternativas já são mais baratas do que as termoelétricas que estão sendo ligadas atualmente para compensar a baixa produção das hidroelétricas por causa do baixo nível dos reservatórios.
De acordo com o Greenpeace, o governo paga R$500/MWh nas termoelétricas, enquanto a energia fotovoltaica custaria R$300/MWh, e a eólica, R$100/MWh.
“Em tese, cada real gasto para operar as usinas térmicas poderia nos fornecer 60% a mais de energia solar ou cinco vezes mais em energia eólica”, calculou Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
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Postado por Daniela Kussama

Reduzir o gasto de água é sempre uma oportunidade!



Chuveiro de ar reduz gastos de água em até 50%

Conheça um aparelho que reduz a vasão da água pela metade, mas mantendo uma alta pressão.



O consumo de água cresce expressivamente no verão. A temperatura alta faz com que as pessoas levem mais tempo no banho, por exemplo. Uma boa maneira de reduzir o gasto excessivo é tornar o chuveiro mais econômico, com a utilização de dispositivos como o Oxijet, um aparelho que reduz a vasão da água pela metade, mas mantendo uma alta pressão.
O segredo do Oxijet, desenvolvido pela empresa Felton, da Nova Zelândia, em colaboração com a Australia’s Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), é que ele injeta pequenas bolhas de ar nas gotas de água.
Segundo a empresa, existem outros sistemas de chuveiro de ar, mas o diferencial do Oxijet está no seu encaixe que pode ser instalado em praticamente qualquer padrão de chuveiro. “O conceito do chuveiro não é novo, mas a tecnologia por trás do nosso dispositivo sim. Ela usa uma inserção gaseificada, na qual permite que o dispositivo funcione em chuveiros já instalados”, explicou Jie Wu, um dos especialistas.
O dispositivo foi testado no Novotel Northbeach em Wollongong, na Austrália, e aprovado por Walter Immoos, gerente do local. “Gastamos cerca de 10 milhões de litros de água por ano, portanto, qualquer economia é muito importante. Além disso, os nossos clientes aprovaram o banho”, afirmou. O Oxijet é já está disponível para compra na Austrália.



Postado por Daniela Kussama

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Bioasfalto vegetal pode ser a solução para estradas de terra

Asfalto vegetal pode ser a solução para estradas de terra


Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/01/2013

Wilson Smith se entusiasma com a coesão e a dureza apresentada pela mistura de poeira de estrada e lignina. [Imagem: KSU]

Bioasfalto

O asfalto parece ser a melhor solução do mundo quando se é forçado a viajar por uma estrada de terra.

Mas Wilson Smith, estudante da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, defende que nenhum dos dois é o ideal: nem o asfalto é a solução para todas as estradas, e nem tampouco há que se resignar a viajar por estradas poeirentas e esburacadas.

Por isso ele decidiu trabalhar com um material de origem vegetal, na tentativa de criar uma alternativa que melhore as condições de tráfego das estradas não pavimentadas.

Smith está trabalhando com a lignina, o material que dá rigidez às células vegetais, para fazer um composto que possa dar rigidez à terra solta e aos pedregulhos das estradas vicinais.

Bioasfalto

O que torna a lignina um material particularmente valioso para essa aplicação é o seu comportamento adesivo quando é umedecida, com capacidade para agregar os materiais do solo, gerando uma coesão e criando uma espécie de "bioasfalto".

Isto torna a estrada de terra menos poeirenta, mais lisa e com uma menor necessidade de manutenção, sobretudo no período das chuvas.

A lignina está presente em todas as plantas, sendo rejeito de culturas comerciais, como no caso do bagaço da cana-de-açúcar, da palha de milho e de outros resíduos da agricultura, assim como da indústria do papel, o que a torna um material sustentável e renovável.

Depois de diversos experimentos, Smith selecionou cinco diferentes concentrações de lignina no solo, que se mostraram mais promissoras - 2%, 4%, 6% e 9% - e que agora estão sendo avaliadas na resistência da coesão do solo e, portanto, da diminuição da erosão da estrada.

Testes de campo

Com os bons resultados dos testes iniciais, a coordenadora do grupo, Dra Dunja Peric, selecionou novos estudantes para avaliar o uso do material em outras condições, o que inclui a secagem prévia e a aplicação direta da lignina no solo.

"Nós queremos fazer uma análise exaustiva de como a coesão varia quando você muda a concentração de lignina, a quantidade de água e a compactação," disse Smith. "Isso vai determinar, em estudos de campo, qual a porcentagem de lignina produz a maior estabilização do solo."

O grupo programou uma apresentação dos resultados da sua pesquisa para meados de Fevereiro, quando eles esperam fazer parcerias para os testes de campo, o que não deverá ser difícil, já que o Kansas é um estado agrícola, com quase dois terços das estradas sem pavimentação