José Eduardo Mendonça - 20/10/2011 às 00:46
YoReciclo atua em país onde tema não é prioridade
Quando começou, a YoReciclo coletava apenas dois tipos de materiais, e reciclava cerca de 10 toneladas por mês. Agora, são 25 materiais, incluindo tipos de plásticos não recicláveis nos EUA, e mais de 500 toneladas por mês. E isto em um país onde a reciclagem, embora comum em instalações industriais, é um conceito alheio ao cotidiano dos cidadãos.
As taxas de reciclagem ainda são baixas em países desenvolvidos – 38% nos EUA, por exemplo -, mas o cofundador da YoReciclo, Luis Duarte, diz que na América Latina esta taxa é próxima de zero, e de 3.3% no México.
A reciclagem ainda não penetrou na cultura local (com algumas exceções em áreas isoladas), em grande parte porque não existem mecanismos que a permitam. “Aqui no México, estamos acostumados a misturar tudo. Não nos preocupamos com o desperdício”, diz Duarte. “Não temos estatísticas e não sabemos sobre a consequências do desperdício”.
Duarte e seu parceiro, Héctor Elizondo, querem ajudar a mudar tanto a falta de infraestrutura quanto a atitude complacente com relação ao desperdício. Ele disse que há importantes plantas de reciclagem no país, mas que as fontes de seus materiais são grandes empresas: corporações do exterior, por exemplo, embora um fluxo constante de lixo seja produzido localmente. Não há um sistema de coleta, e nenhuma razão para os consumidores começarem a separar o que deve ser reciclado.
Por isso, a equipe da YoReciclo tira fotos de ruas, lagos, rios, qualquer lugar onde o lixo se amontoa. Fazem apresentações em escolas e instituições, tentando recrutar pessoas a participar de programas de coleta. “Assim que mostramos estas fotos e falamos da situação mexicana, e sobre como o quanto que consumimos e produzimos pode ser reutilizado com a reciclagem, as pessoas entendem”, ele disse.
Está funcionando. A empresa tem agora 55 consumidores, que variam de pré-escolas a universidades e edifícios corporativos. A YoReciclo quer chegar a 1000 toneladas recicladas por mês no ano que vem. No começo, coletavam latas e garrafas PET. Hoje, coletam tudo, de madeira a lixo eletrônico, de papelão a quase todos os tipos de plástico. Duarte achava que o mercado já existia no país. “Mas não havia conexão entre instituições privadas e recicladores”, afirma ele. “O que a YoReciclo está fazendo é criar uma ponte para juntar todas as partes”, conta ele ao Foto: Luis Duarte/YoReciclo/Divulgação
Muito Bom !
ResponderExcluiro conteudo exelente.
busquei e achei .
obrigado