"O NOSSO LIXO DE CADA DIA "
Assim como já acontece em diversos países, e no Brasil alguns municípios estão acordando para este procedimento, resta-nos acreditar que os procedimentos inteligentes na coleta e separação do lixo devem ficar, e se possível ampliar para que tenhamos uma cidade ,um estado, um país e um mundo melhor.
Um bom exemplo é Barcelona na Espanha, veja no link abaixo e depois veja a matéria sobre Salvador-BA
Contêineres de lixo subterrâneos ajudam Salvador com a coleta seletiva
Projeto piloto importado de Portugal de lixo subterrâneo e não terá custo para a prefeitura de Salvador
Fonte: EcoD
Comuns nas principais cidades europeias, os coletores de resíduos
subterrâneos ainda estão distantes da realidade brasileira, restritos a
poucos municípios: São Paulo, Paulínia (SP) e Fortaleza. Nesta semana,
Salvador anunciou que também passará a contar com a tecnologia.
Funciona assim: o lixo é colocado dentro do recipiente, como em
qualquer lixeira comum. Só que o recipiente não tem fundo. Logo, todos
os resíduos vão parar no contêiner, que está bem abaixo da superfície.
Quando o caminhão chega para fazer a coleta, um dos garis usa um
controle remoto para acessar os espaços subterrâneos.
Daí, o chão abre, literalmente. “Ele levanta como se fosse uma tampa”, explicou ao jornal Correio a
presidente da Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb), Kátia Alves. Quando a
“tampa” sobe, até a lixeira que fica visível vai junto. O caminhão,
adaptado com uma grua, puxa o contêiner e despeja o conteúdo na caçamba.
Depois, coloca a caixa no lugar e a tampa – no caso, a calçada – é
fechada.
O piso é feito com o mesmo material do resto da calçada, de acordo
com a presidente da Limpurb. “Em cada uma das caixas tem um dispositivo
que dispara na empresa quando tiver chegado a 80% da capacidade. O
caminhão vai lá e faz a retirada”, explica. Os contêineres com dois
marcos comportam 1,6 tonelada. Já os de três podem carregar 3 toneladas.
A expectativa é que a novidade reduza os gastos com as viagens.
“Enquanto no sistema comum a gente tem que fazer a coleta todo dia,
agora vamos fazer quando atingir a capacidade”, comenta Kátia.
Benefícios do equipamento
Além disso, os coletores isolam o lixo, evitando o mau cheiro e a
presença dos animais, conforme destaca o secretário municipal da Cidade
Sustentável, André Fraga. “Vamos ter um armazenamento mais adequado,
além da estética”, destaca.
Os novos recipientes também facilitariam a coleta seletiva. No
equipamento com três caixas da Barra, por exemplo, duas ficarão
reservadas para lixo úmido e uma para lixo seco. “Vamos deixar de levar
para o aterro um resíduo que pode ser reaproveitado, o que vai ajudar as
cooperativas e catadores”, aponta Kátia. Hoje, existem 19 cooperativas
de catadores em Salvador.
Lixeiras discretas
A previsão é que, até o final de agosto, a capital baiana já conte
com pelo menos três contêineres subterrâneos funcionando na Barra.
Basicamente, são grandes latões de lixo que ficam debaixo do chão – do
concreto mesmo, no passeio. E não dá para notar: um desavisado verá algo
que parece uma lixeira comum, com cerca de 1 metro de altura.
Até setembro, as novas lixeiras já devem ter chegado também ao
Mercado Modelo. Segundo Kátia Alves, a meta é instalar 20 equipamentos
em diferentes pontos da cidade até o final de 2015. “A limpeza é
dividida entre quatro empresas e cada uma vai implantar em alguns
pontos. Mas a ideia é expandir isso. Vamos colocar na orla e em pontos
turísticos”, garante Kátia.
Custo-benefício
No entanto, até chegar aos benefícios, o investimento é alto. Um
contêiner com três caixas custa cerca de R$ 120 mil, enquanto o de dois
marcos custa R$ 80 mil. Enquanto isso, o valor médio dos contêineres
normais, cuja capacidade é de 300 quilos, é de R$ 2 mil.
Os subterrâneos são importados do Porto, em Portugal. “Nós temos
cerca de 300 desses lá, o que corresponde a 50% do total da cidade (do
Porto). Temos uma parceria com a prefeitura para substituir todas as
lixeiras gradativamente”, diz o diretor de operações da TNL, empresa que
vende os equipamentos, Rodrigo Aires.
De acordo com Kátia Alves, não haverá custo para a prefeitura de
Salvador. “São as empresas que compram. É uma cláusula do contrato com
elas a modernização do serviço de limpeza urbana”, garante.
O gerente de gestão operacional da Revita, empresa responsável pela
limpeza de cerca de 60% da área de Salvador, Fábio Andrade, diz que este
é um projeto piloto. “O objetivo agora é observar o custo-benefício do
projeto. Vamos observar os resultados para levar a melhor alternativa
para cada área”, conta.
No mundo e pelo Brasil
Hoje, essa tecnologia já está presente em países
como Espanha e Emirados Árabes. No Brasil, cidades como Fortaleza, São
Paulo e Paulínia, no interior paulista, já implantaram os coletores. Em
Paulínia, pioneira no país, os equipamentos já estão em 20 pontos da
cidade.
Na capital cearense, há os chamados “bigtaineres”, que comportam 10
toneladas de lixo. “Temos três nas principais praças. Tem funcionado
muito bem. Evita o acúmulo de lixo e desafogamos o trânsito, porque
diminuímos viagens”, conta o secretário Regional do Centro de Fortaleza,
Ricardo Sales.
Postado por Daniela Kussama
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