Pensamento

" Não são os grandes planos que dão certos, são os pequenos detalhes" Stephen Kanitz

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Maior usina solar do mundo começa a gerar eletricidade

Com o tanto de eletricidade que produz, a nova usina solar será capaz de abastecer cerca de 140 mil casas da Califórnia

Débora Spitzcovsky, do 
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Divulgação/Business Wire
A Ivanpah Solar Electric Generating System, maior usina de energia solar do mundo
A Ivanpah Solar Electric Generating System: usina abriga 300 mil espelhos para coletar a luz do sol e tem capacidade bruta de produção de 392 megawatts de energia
Começou a funcionar nesta quinta-feira (13) a Ivanpah Solar Electric Generating System, maior usina de energia solar do mundo, que está localizada na Califórnia, nos EUA.
O título de maior complexo produtor de eletricidade proveniente do sol era da Shams 1, usina localizada em Abu Dhabi, capaz de gerar 100 megawatts de energia.
Mas hoje, após resolver questões regulatórias e problemas jurídicos e entrar em funcionamento, a Ivanpah desbancou bonito a concorrente árabe.
Em um terreno de 13 km², a usina abriga 300 mil espelhos para coletar a luz do sol e tem capacidade bruta de produção de 392 megawatts de energia - quase quatro vezes mais que a Shams 1, em Abu Dhabi.
Com o tanto de eletricidade que produz, a nova usina solar - que pertence às empresas NRG Energy, BrightSource Energy e Google - será capaz de abastecer cerca de 140 mil casas da Califórnia. Segundo comunicado oficial, ao passar a utilizar energia limpa, esses domicílios deixaram de gerar 400 mil toneladas métricas de CO2 por ano - o que equivale a remover 72 mil veículos das ruas.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Jovem de 19 anos projeta sistema para limpar o lixo plástico do oceano
27 de Março de 2013 • Atualizado às 14h53

O jovem holandês Slat Boyan tem apenas 19 anos, mas já carrega em seu currículo um projeto importante para a preservação ambiental. Ainda na escola, Boyan desenvolveu uma matriz de limpeza oceânica. O equipamento foi pensado para retirar os resíduos plásticos do mar.
Apesar de ainda estar em fase de projeto e não ter previsão de quando estará disponível para o uso, o desenho da matriz já foi premiado como o melhor Desenho Técnico de 2012 na Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda. No entanto, o objetivo do estudante ainda é muito maior.
A inspiração para o projeto é a quantidade de partículas de plástico presentes nos oceanos. Esse lixo é responsável pela contaminação de espécies marinhas e também pela morte de outros animais que ingerem ou, até mesmo, ficam presos aos resíduos.
A expectativa é de que a matriz de limpeza criada por Boyan seja capaz de retirar mais de sete milhões de toneladas de plástico do oceano. A máquina tem a aparência de uma arraia e é equipada com pás gigantes que ajudam a aglomerar todo o resíduo. Depois de centralizar todo o material, ele é direcionada às plataformas que separam os plânctons, filtram o lixo e armazenam o plástico para a reciclagem.
Para minimizar os impactos ambientais deste processo, as equipe de 50 engenheiros que trabalham na viabilidade da tecnologia, pretendem utilizar placas solares e também aproveitar a força das ondas e correntes marítimas para gerar a energia necessária para o funcionamento do sistema. Com informações do Inhabitat.
Redação CicloVivo

Dubai anuncia o edifício mais sustentável do mundo



A ideia é “torná-la a primeira e maior rede do mundo dedicada ao desenvolvimento humano sustentável”, diz o empresário.


Fonte: EcoD


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Dos 110 pontos máximos a serem atingidos, o local recebeu 107
Fotos: Divulgação


Enquanto o Brasil quer alcançar o posto de terceiro lugar no mundo em edificações sustentáveis, Dubai sai mais uma vez na frente e anuncia o edifício mais ambientalmente correto do mundo. A loja de produtos ecológicos localizada em Sheikh Zayed Road desbancou o Bullitt Center, um edifício comercial em Seattle, nos Estados Unidos, que ocupava o topo do ranking.
The Change Initiative recebeu a certificação Leed Platinum com uma pontuação digna do prédio mais sustentável do planeta. Dos 110 pontos máximos a serem atingidos, o empreendimento recebeu 107 após avaliação feita pela Green Building Council dos EUA (USGBC), que supervisiona as diretrizes de sustentabilidade Leed.
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“A The Change Initiative utiliza de forma eficiente os recursos naturais para causar um impacto imediato e positivo sobre o nosso planeta, o que irá beneficiar enormemente as futuras gerações”, explicou Rick Fedrizzi, fundador da USGBC, ao site TreeHugger.
A loja de dois andares possui um estilo elegante demonstrando que a utilização de materiais sustentáveis na estrutura não a torna necessariamente rústica. Além disso, ela comercializa produtos relacionados com a conservação de energia, gestão de resíduos e alimentos orgânicos.
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Os empresários já planejam abrir 25 lojas do mesmo modelo em todo o mundo. A ideia é “torná-la a primeira e maior rede do mundo dedicada ao desenvolvimento humano sustentável”, projetou Fedrizzi.



Postado por Daniela Kussama

Leis ambientais: a maioria das cidades do Nordeste não têm e o Sul é a região com maior concentração



A região Sul tem a maior proporção de municípios com leis ambientais específicas e no Distrito Federal, proporcionalmente, há mais municípios com leis ambientais.


Por Daniel Santini
Fonte: O Eco

Praticamente 60% dos municípios nordestinos ainda não criaram leis para preservação do meio ambiente. A informação faz parte do estudo Perfil dos Municípios Brasileiros, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresenta dados detalhados de diferentes áreas sobre as cidades do país. Com base nas informações, é possível ter uma ideia das regiões e estados em que a legislação ambiental municipal mais avançou.
No levantamento foram considerados leis diversas, capítulos e artigos na Lei Orgânica, a existência de código ambiental municipal, além de referências específicas à preservação no Plano Diretor. No total, dos 5.565 municípios brasileiros, 3.084 (55,42%) dispõem de instrumentos legais para preservação do meio ambiente. Confira abaixo como se dá a divisão em cada região e estado brasileiro.

Postado por Daniela Kussama

Toró artificial? Veja polêmica da técnica já usada no país

SP não é o primeiro lugar a apelar para a controversa técnica de “semeadura de nuvem”. Ela já foi usada até para tentar aplacar a seca no semiárido Nordestino

Getty Images
Avião prestes a atravessar nuvens carregadas
Toró hightech: técnica usa aviões com agentes específicos que ajudam a formar gotas pesadas
São Paulo – A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai tentar fazer chover no Sistema Cantareira. Não é a primeira vez que o Estado apela para achuva artificial – e muito menos a primeira investida brasileira. A técnica já foi usada até para tentar aplacar a seca no semiárido Nordestino há mais de 50 anos. E ainda é alvo de controvérsias, por sua eficácia e possíveis efeitos indesejados no meio ambiente.

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Antes da polêmica, vamos à pergunta básica: afinal, como é possível fazer chover de forma artificial? A técnica chamada de bombardeamento de nuvens ou semeadura, ou ainda, nucleação artificial, consiste no lançamento de substâncias aglutinadoras que ajudam a formar gotas de chuva.
A substância mais comum é o cloreto de sódio, o popular sal. É possível usar ainda o iodeto de prata, gelo seco (gás carbônico congelado) e, no caso da experiência paulista, água potável.
Essas substâncias são lançadas de avião na base ou no topo das nuvens consideradas capazes de originar precipitação. Ao entrar em contato com o vapor de água, essas partículas grandes atraem partículas menores e levam a formação de gotas de águas mais pesadas que começam a se precipitar, até que, voilà, faz-se a chuva.
Em 2008, a técnica ganhou notoriedade após ser usada na China, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Pequim. Preocupado em evitar a ocorrência de chuvas durante a cerimônia de abertura, o país utilizou iodeto de prata no bombardeamento de nuvens nas vizinhanças da cidade para provocar chuva nesses locais e, assim, evitá-la nos Estádios Olímpicos.
Brasil experimenta a "dança da chuva" high-tech
Bem antes disso, em 1950, o Estado do Ceará começava seus primeiros experimentos de bombardeamento de nuvens para tentar contornar a seca no Semiárido. O programa, criado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), perdurou por décadas até ser encerrado no ano 2000, por não demonstrar aumento significativo nas precipitações.
Além do Ceará, o Estado da Bahia também coleciona uma história particular de indução artificial de chuva, mais recente e aparentemente mais bem sucedida. Em meio à seca histórica que castigou a região em 2012, foi criado um projeto conjunto, para amenizar os estragos, entre as secretarias de Agricultura, Meio Ambiente, produtores baianos e a empresa ModClima – a mesma contratada pela Sabesp para fazer chover em SP.
A ideia era estimular precipitação suficiente para garantir uma boa condição de solo e salvar a produção de abacaxi da região de Itaberaba. Foram realizados 17 voos de semeação usando água potável que geraram 14 chuvas, segunda a empresa. A empreitada custou cerca de R$ 200 mil, tirados de recursos próprios das secreatrias de Agricultura e Meio Ambiente.
Segundo afirmações à imprensa feitas pelo secretário estadual de Agricultura, Eduardo Salles, as chuvas pontuais foram suficientes e salvaram a lavoura daquele ano. Apesar dos resultados satisfatórios, o governo da Bahia não levou o projeto à frente como parte de uma estratégia de gestão maior.
O argumento oficial foi de que o alto custo – R$ 6 milhões ao ano – teria tornado a semeadura um projeto inviável para as pastas. Com isso, o projeto virou um plano B, "até porque não resolvia o principal problema, que são os baixos níveis nas barragens", conforme afirmou o próprio secretário de Agricultura na ocasião.
São Paulo já tentou fazer chover antes e...

A técnica aplicada na Bahia é a mesma que São Paulo vem utilizando desde 2001, quando foi firmado o primeiro contrato com a empresa ModClima. Ao todo, segundo informações disponibilizadas no próprio site da companhia, já foram realizados 7 contratos de médio prazo com a Sabesp para induzir chuvas sobre os Sistemas Cantareira e Alto Tietê.
Procurada pela reportagem, a Sabesp não se pronunciou a respeito do valor investido nesses contratos nem sobre a eficácia da técnica de semeadura de nuvem. A empresa ModClima também não quis comentar.
A medida é encarada com reserva por especialistas da área consultados por EXAME.com. Para o professor Augusto Pereira Filho, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, o procedimento de semeaduras em nuvem é incipiente.
O especialista é autor de um artigo que analisa a precipitação na área da bacia do Rio Jaguari entre os meses de novembro de 2003 e fevereiro de 2004 quando se utilizou a tal técnica.
"Os resultados indicaram diminuição de 200 mm sobre a bacia em relação às áreas vizinhas e uma anomalia negativa de 300 mm quando comparado com 2003 no mesmo período", diz o resumo do artigo.
Além disso, foi realizada uma análise da acumulação de chuva diária entre maio e dezembro de 2004, quando se utilizou o procedimento sobre a mesma bacia.
"Neste segundo período, choveu menos na bacia em 90% dos dias do que em áreas vizinhas. Nos outros 10%, choveu mais, porém com baixa acumulação em geral. Assim, na melhor das hipóteses, o procedimento de semeadura de nuvens resultou incipiente”, diz o professor.
"Em momentos de crise, sempre surgem soluções milionárias, mas que deixam a desejar", acrescentou o especialista  à EXAME.com.  
É difícil prever efeitos indesejados
Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, questiona a precisão da técnica de semeadura. “Não é possível representar a atmosfera em laboratório, então não dá pra saber exatamente como isso vai funcionar no ambiente natural”. Ele destaca que mesmo com a carência geral de chuvas, a operação é arriscada porque pode até provocar chuvas onde não se deseja que ela caia.
Outro ponto que preocupa o especialista é a dificuldade em determinar a real contribuição da técnica para a ocorrência de chuva. Explica-se. A semeadura feita pela ModClima baseia-se na pulverização de água potável em nuvens com chance potencial de precipitação. Quer dizer, a natureza tem que ajudar.
Segundo o meteorologista, há previsão de chover a partir da segunda quinzena de fevereiro em São Paulo. “Qual será a porcentagem de contribuição gerada pela natureza e qual será a da empresa?”, questiona. A conferir.